Desigualdades geográficas e sociais no acesso aos serviços de saúde no Brasil: 1998 e 2003
AUTOR(ES): Travassos, Claudia; Oliveira, Evangelina X. G. de; Viacava, Francisco.
ANO: 2006
RESUMO: Este estudo objetivou avaliar o padrão das desigualdades geográficas e sociais no acesso aos serviços de saúde em 2003 e compará-lo com o padrão existente em 1998, usando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A população estudada foi de crianças e adultos residentes em áreas urbanas que referiram restrição de atividades nos últimos 15 dias nas duas pesquisas. A variável dependente foi o uso de serviços de saúde nos 15 dias que antecederam a entrevista. Os modelos de uso de serviços de saúde testados foram controlados por idade e sexo, e incluíram renda familiar per capita, escolaridade, grande região e alguns estados da federação. O estudo reafirmou o padrão de que no Brasil o acesso é fortemente influenciado pela condição social das pessoas e pelo local onde residem. Este padrão existe tanto para os adultos como para as crianças. Houve alguma diminuição das desigualdades sociais no acesso, mas as desigualdades geográficas no acesso aumentaram no período de estudo. Na região Sul, uma das mais desenvolvidas do país, persiste um padrão de forte desigualdade social e o estado do Rio Grande do Sul destaca-se pela magnitude das desigualdades sociais no acesso. A amostra da PNAD apresenta limitações para estudos de eqüidade na utilização de serviços de saúde no âmbito estadual.
FONTE:
REFERENCIA: TRAVASSOS, Claudia; OLIVEIRA, Evangelina X. G. de and VIACAVA, Francisco.Desigualdades geográficas e sociais no acesso aos serviços de saúde no Brasil: 1998 e 2003. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2006, vol.11, n.4 [cited 2016-10-31], pp.975-986. Available from:
Desigualdades de saúde segundo cor em pessoas de 15 a 64 anos de idade no Brasil, 1998
AUTOR(ES): Barata, Rita Barradas; Almeida, Márcia Furquim de; Montero, Cláudia Valencia; Silva, Zilda Pereira da.
ANO: 2007
RESUMO: O objetivo foi analisar desigualdades no estado de saúde, uso de consultas médicas e internações hospitalares na população de jovens e adultos brasileiros segundo cor utilizando dados do suplemento saúde da PNAD 1998, inquérito domiciliar em amostra representativa da população brasileira de 15 a 64 anos, exceto aqueles residentes na Amazônia rural. A prevalência de estado de saúde regular ou ruim foi mais alta entre homens e mulheres negros e mulheres brancas. A influência do gênero e da cor permanece significante após ajustamento por idade e condições sócio-econômicas. As diferenças entre brancos e negros diminuem com a idade e aumentam com o nível sócio-econômico. A freqüência de consultas médicas foi 10% maior entre os brancos. As diferenças são mais notáveis entre os jovens que referem bom estado de saúde. Não há diferença significante nas taxas de hospitalização. Em relação ao estado de saúde, as diferenças entre brancos e negros são marcantes. Entretanto, o mesmo não se observa para a utilização dos serviços de saúde.
FONTE:
REFERENCIA: BARATA, Rita Barradas; ALMEIDA, Márcia Furquim de; MONTERO, Cláudia Valencia and SILVA, Zilda Pereira da. Health inequalities based on ethnicity in individuals aged 15 to 64, Brazil, 1998. Cad. Saúde Pública [online]. 2007, vol.23, n.2 [cited 2016-10-31], pp.305-313. Available from:
Desigualdade social e saúde entre idosos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
AUTOR(ES): Lima-Costa, Maria Fernanda; Barreto, Sandhi; Giatti, Luana; Uchôa, Elizabeth.
ANO: 2003
RESUMO: A influência da situação sócio-econômica sobre a saúde dos idosos é controversa. Nós utilizamos dados da PNAD 1998 para examinar esta influência em uma amostra de 19.068 idosos representativos da população brasileira com³ 65 anos de idade. Aqueles com renda domiciliar per capita situada no quintil mais baixo foram comparados àqueles com renda mais alta (< 0,67 e ³ 0,67 salários mínimos). Os idosos com renda mais baixa apresentaram piores condições de saúde (pior percepção da saúde, interrupção de atividades por problemas de saúde, ter estado acamado e relato de algumas doenças crônicas), pior função física (avaliada através de seis indicadores) e menor uso de serviços de saúde (menor procura e menos visitas a médicos e dentistas). Esses resultados não confirmam observações realizadas em alguns países desenvolvidos quanto à ausência de associação entre o nível sócio-econômico e a saúde do idoso. Ao contrário, os resultados deste trabalho mostram que mesmo pequenas diferenças na renda domiciliar são suficientemente sensíveis para identificar idosos com piores condições de saúde e menor acesso aos serviços de saúde no Brasil.
FONTE:
REFERENCIA: LIMA-COSTA, Maria Fernanda; BARRETO, Sandhi; GIATTI, Luana and UCHOA, Elizabeth. Desigualdade social e saúde entre idosos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Cad. Saúde Pública [online]. 2003, vol.19, n.3 [cited 2016-10-31], pp.745-757. Available from:
Denmark: Health system review
AUTOR(ES): Olejaz, M; Juul, Nielsen, A; Rudkjøbing, A; Birk, H; Krasnik, A; Hernández-Quevedo, C.
ANO: 2012
RESUMO: Denmark has a tradition of a decentralized health system. However, during recent years, reforms and policy initiatives have gradually centralized the health system in different ways. The structural reform of 2007 merged the old counties into fewer bigger regions, and the old municipalities likewise. The hospital structure is undergoing similar reforms, with fewer, bigger and more specialized hospitals. Furthermore, a more centralized approach to planning and regulation has been taking place over recent years. This is evident in the new national planning of medical specialties as well as the establishment of a nationwide accreditation system, the Danish Healthcare Quality Programme, which sets national standards for health system providers in Denmark. Efforts have also been made to ensure coherent patient pathways - at the moment for cancer and heart disease - that are similar nationwide. These efforts also aim at improving intersectoral cooperation. Financially, recent years have seen the introduction of a higher degree of activity-based financing in the public health sector, combined with the traditional global budgeting.A number of challenges remain in the Danish health care system. The consequences of the recent reforms and centralization initiatives are yet to be fully evaluated. Before this happens, a full overview of what future reforms should target is not possible. Denmark continues to lag behind the other Nordic countries in regards to some health indicators, such as life expectancy. A number of risk factors may be the cause of this: alcohol intake and obesity continue to be problems, whereas smoking habits are improving. The level of socioeconomic inequalities in health also continues to be a challenge. The organization of the Danish health care system will have to take a number of challenges into account in the future. These include changes in disease patterns, with an ageing population with chronic and long-term diseases; ensuring sufficient staffing; and deciding how to improve public health initiatives that target prevention of diseases and favour health improvements.
FONTE:
REFERENCIA: OLEJAZ et al. Denmark: Health system review. Health Systems in Transition, 2012, 14(2):1 - 192.
Considérations sur l'indice de performance du Système Unique de Santé (SUS) au Brésil
AUTOR(ES): Oliveira, Lilian; Passador, Claudia.
ANO: 2015
RESUMO: Contexte : Le Système unique de santé (SUS), modèle universaliste actuellement existant au Brésil, est au premier plan parmi les politiques sociales en vigueur. Dans un contexte d'augmentation des ressources et d'accroissement de la demande, le SUS subit constamment des changements visant à augmenter la qualité, l'accès et l'effectivité des services rendus. Parmi les évaluations réalisées dans le cadre du SUS se distinguent les évaluations de performance et les évaluations économiques en matière de santé. Un des nouveaux outils utilisés par le SUS est l'IDSUS (Indice de performance du Système unique de santé) qui vise à mesurer la performance de chaque municipalité et région en ce qui concerne l'accès et l'effectivité du système. L'indice se compose de 24 indicateurs, dont 14 mesurent l'accès à la santé et dix mesurent l'effectivité du système. En bref, les indicateurs comme l'IDSUS peuvent aider à élever les niveaux de santé au Brésil.Objectifs : Ainsi, le principal objectif de ce travail est d'identifier les modèles d'évaluation de la performance et d'évaluation économique en matière de santé qui existent actuellement dans le Système unique de santé. Il s'agit aussi de vérifier les poten- tialités de ces deux modèles d'évaluation, en particulier l'IDSUS, dans l'amélioration et le perfectionnement de l'administration publique en matière de santé au Brésil. Méthodes : La méthode de travail était fondée sur la littérature pour la structuration et le développement de l'approche théorique. Résultats : On constate que les différents modèles existants d'évaluation du système sont appliqués de façon fragmentée et sans production analytique et ne se transforment pas en stratégie d'action pour les administrateurs publics.
FONTE:
REFERENCIA: Oliveira Lilian et Passador Claudia, « Considérations sur l'indice de performance du Système unique de santé (SUS) au Brésil », Santé Publique, 2014/6 Vol. 26, p. 829-836.
Considerations on methodology used in the World Health Organization 2000 Report (Considerações Metodológicas sobre o Relatório 2000 da Organização Mundial de Saúde)
AUTOR(ES): Ugá, Alicia; Almeida, Célia Maria de; Szwarcwald, Célia; Travassos, Cláudia; Viacava, Francisco; Ribeiro, José Mendes; et al.
ANO: 2001
RESUMO: O artigo discute o Relatório da Organização Mundial de Saúde para 2000, com ênfase na análise metodológica dos indicadores utilizados para comparar e classificar o desempenho dos sistemas de saúde dos 191 países membros. O Relatório contribui ao colocar na agenda o compromisso de monitorar o desempenho dos sistemas de saúde dos países membros porém, a forma inconsistente de sua elaboração e a utilização de metodologias de avaliação questionáveis cientificamente, impõem uma criteriosa revisão metodológica. Os principais problemas destacados são a escolha de indicadores individuais de desigualdade em saúde que desconsideram o perfil populacional; o controle inadequado do impacto das desigualdades sociais sobre o desempenho dos sistemas; a avaliação da responsabilidade dos sistemas, apenas parcialmente articulada aos direitos dos cidadãos; a ausência de dados para um grande número de países levando a diversas estimativas pouco consistentes; a falta de transparência nos procedimentos metodológicos para o cálculo de alguns dos indicadores. O artigo sugere uma ampla revisão de caráter metodológico do Relatório.
FONTE:
REFERENCIA: Ugá Alicia Domingues, Almeida Célia Maria de, Szwarcwald Célia Landmann, Travassos Cláudia, Viacava Francisco, Ribeiro José Mendes et al. Considerations on methodology used in the World Health Organization 2000 Report. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2001 June [cited 2017 Mar 14] ; 17( 3 ): 705-712. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000300025&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2001000300025.
Consideraciones Sobre el Informe de la OMS - 2000 (Considerações sobre o Relatório da OMS - 2000)
AUTOR(ES): Ugá, Alicia; Almeida, Célia; Szwarcwald, Célia; Travassos, Claudia; Viacava, Francisco; Mendes Ribeiro, José; et al.
ANO: 2001
RESUMO: En este texto se discute el Informe de la Organización Mundial de la Salud para 2000 y se analiza la metodología utilizada para comparar y clasificar el desempeño de los sistemas de salud de los 191 países miembros. Las principales conclusiones están referidas a la utilización de metodologías de evaluación científicamente cuestionables; a la implementación de indicadores que no evalúan el desempeño de los sistemas de salud sino que expresan las desigualdades socioeconómicas existentes; a la ausencia de datos en la mayoría de los países para el cálculo de los indicadores y a la falta de transparencia en los procedimientos adoptados para el cálculo de algunos indicadores.
FONTE:
REFERENCIA: Ugá Alicia, Almeida Célia M, Szwarcwald Célia Landmann, Travassos Claudia, Viacava Francisco, Mendes Ribeiro José et al. Consideraciones Sobre el Informe de la OMS - 2000. Rev. salud pública [Internet]. 2001; 3( 1 ): 1-12. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0124-00642001000100001&lng=en.
Conference News - Equitable Access to Health Care and Infectious Disease Control: Concepts, Measurement and Interventions
AUTOR(ES): United Nations Research Institute for Social Development (UNRISD)
ANO: 2006
RESUMO: Access to quality health and disease control tools such as drugs, vaccines and diagnostics is a crucial determinant of population health and an essential component of strategies designed to reach the Millennium Development Goals. The United Nations and its various technical agencies and programmes therefore play a critical role in advancing the agenda to improve access to health care. While there is general agreement that more equitable access to life-saving technologies must be improved, there is an ongoing debate over the best means of enhancing such access and, at a more basic level, a lack of consensus on the definition of what access actually means and how it ought to be measured. It can be argued that this lack of consensus on the definition and operationalization of the concept has hampered progress in generating and applying knowledge to identify and strengthen pathways between access and health outcomes, especially in low-income countries. This symposium, which took place on 13-15 February 2006 in Rio de Janeiro, Brazil, brought together 31 international experts who work on different dimensions of access and who represent different organizations and distinct perspectives on this topic. The Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ) organized the symposium, in collaboration with the UNICEF/UNDP/World Bank/WHO Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases (TDR), the World Health Organization (WHO) and the United Nations Research Institute for Social Development (UNRISD). The symposium was financially supported by the TDR Programme. The objective of the symposium was to stimulate critical debate on current concepts and measurement tools related to access to health care, its relationship to social determinants of health, and the focus on pro-poor programmes. To this end, sessions were devoted to reviewing approaches, definitions and measurements of acces in relation to various dimensions of health care; discussing the relationship between access to health care and social determinants of health; reviewing operational approaches for measuring and improving inequities in access; summarizing existing approaches within the United Nations (UN) system to the construction of indicators and measurement tools around access; highlighting the critical role of research on access to health care for reaching the Millennium Development Goals; and identifying research gaps from a social science research perspective.
FONTE:
REFERENCIA: UNRISD. Conference News: Equitable Access to Health Care and Infectious Disease Control: Concepts, Measurement and Interventions. Report of an International Symposium, 13-15 February 2006, Rio de Janeiro, Brazil (CN19). UNRISD: Geneva.
Condições de saúde, capacidade funcional, uso de serviços de saúde e gastos com medicamentos da populaçäo idosa brasileira: um estudo descritivo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
AUTOR(ES): Lima-Costa, Maria Fernanda; Barreto, Sandhi Maria; Giatti, Luana.
ANO: 2003
RESUMO: O objetivo deste trabalho é descrever as condições de saúde e o uso de serviços de saúde da populaçäo idosa brasileira. Participaram do estudo 28.943 (99,9 por cento) idosos ( 60 anos) incluídos na amostra da PNAD 1998. Os resultados mostraram que as prevalências de pelo menos uma doença crônica (69,0 por cento), de hipertensäo (43,9 por cento), de artrite (37,5 por cento) e de incapacidade para alimentar-se/tomar banho/ir ao banheiro (2,0 por cento) säo muito semelhantes ao observado em outras populações. Os padröes de consultas médicas e de hospitalizações estäo dentro das variações observadas em diferentes países. As baixas proporções de idosos que interromperam atividades por problemas de saúde (13,9 por cento) e estiveram acamados nas duas últimas semanas (9,5 por cento) ou foram hospitalizados no último ano (13,6 por cento) mostram que a imensa maioria näo está sujeita a estes eventos. Considerando-se que 50 por cento desta populaçäo têm renda pessoal 1 salário mínimo, o gasto médio mensal com medicamentos compromete aproximadamente um quarto da renda (23 por cento) de metade da populaçäo idosa brasileira (AU)
FONTE:
REFERENCIA: LIMA-COSTA, Maria Fernanda; BARRETO, Sandhi Maria and GIATTI, Luana.Condições de saúde, capacidade funcional, uso de serviços de saúde e gastos com medicamentos da população idosa brasileira: um estudo descritivo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Cad. Saúde Pública [online]. 2003, vol.19, n.3 [cited 2016-10-24], pp.735-743. Available from:
Condições de saúde, acesso a serviços e fontes de pagamento, segundo inquéritos domiciliares
AUTOR(ES): Viacava, Francisco; Bellido, Jaime.
ANO: 2016
RESUMO: Este artigo analisa a continuidade da série histórica dos indicadores provenientes dos suplementos de saúde das PNAD 1998, 2003 e 2008 e da Pesquisa Nacional em Saúde (PNS 2013). Indicadores sobre necessidades de saúde, acesso e uso de serviços de saúde e suas fontes de pagamento foram calculados a partir das questões que procuraram obter a mesma informação nos diferentes inquéritos. Apesar da melhoria no acesso e uso de serviços de saúde em todas as regiões, notam-se diferenças importantes em todas as dimensões analisadas quando se observam dados do Norte e Nordeste em relação às demais: pior avaliação do estado de saúde, maior restrição de atividades, e menor uso de serviços de saúde, apesar da maior cobertura pelos programas públicos. A evolução na fonte de pagamento dos atendimentos realizados nas últimas duas semanas demonstra que a população brasileira está utilizando mais serviços através do SUS, assim como mais atenção por plano de saúde e realizando menor pagamento do bolso. É importante observar que a participação do SUS aumentou nas regiões mais ricas e que os aumentos via plano de saúde cresceram de maneira importante apenas no Centro-Oeste.
FONTE:
REFERENCIA: Viacava Francisco, Bellido Jaime G. Condições de saúde, acesso a serviços e fontes de pagamento, segundo inquéritos domiciliares. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2016; 21( 2 ): 351-370. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016000200351&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015212.19422015.
Condicionantes socioeconômicos e geográficos do acesso à mamografia no Brasil, 2003-2008
AUTOR(ES): Oliveira, Evangelina Xavier Gouveia de; Pinheiro, Rejane Sobrino; Melo, Enirtes Caetano Praates e Carvalho, Marilia Sá.
ANO: 2011
RESUMO: Este estudo examinou os efeitos de características da população e geográficas na chance de mamografia, no Brasil em 2003 e 2008. A partir do Suplemento Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, foram analisados os padrões de mamografia em mulheres com 25 anos ou mais, por meio de razão de prevalências, e em mulheres com 40 anos ou mais, por meio de regressão logística multivariada, incluindo o local de residência e a distribuição geográfica da oferta. Entre as mulheres com 50-69 anos, 54,6% relataram ter feito mamografia, em 2003, e 71,5%, em 2008. A chance de realização do exame é maior entre as de 50 a 69 anos, aumenta com a renda familiar e escolaridade, dentre as casadas, para as que consultaram médico e têm plano de saúde. Residir em área metropolitana triplica a chance de mamografia. Comparado com a região Norte, residentes das demais regiões têm chances maiores e a distância influencia negativamente a realização do exame. No período, a cobertura aumentou na faixa etária alvo da política nacional, com redução das desigualdades de renda e de escolaridade. A ampliação do acesso parece mais ligada às políticas de aumento de renda e inclusão social, e à ampliação da oferta de exames na rede pública e conveniada, do que ao aumento do número de mamógrafos.
FONTE:
REFERENCIA: OLIVEIRA, Evangelina Xavier Gouveia de; PINHEIRO, Rejane Sobrino; MELO, Enirtes Caetano Praates and CARVALHO, Marilia Sá. Condicionantes socioeconômicos e geográficos do acesso à mamografia no Brasil, 2003-2008. Ciênc. saúde coletiva[online]. 2011, vol.16, n.9 [cited 2016-10-24], pp.3649-3664. Available from:
Conceptual frameworks for health systems performance: a quest for effectiveness, quality, and improvement
AUTOR(ES): Arah, AO; Klazinga, NS; Delnoij, DMJ; Asbroek, AHA; Custers, T.
ANO: 2003
RESUMO: ISSUES: Countries and international organizations have recently renewed their interest in how health systems perform. This has led to the development of performance indicators for monitoring, assessing, and managing health systems to achieve effectiveness, equity, efficiency, and quality. Although the indicators populate conceptual frameworks, it is often not very clear just what the underlying concepts might be or how effectiveness is conceptualized and measured. Furthermore, there is a gap in the knowledge of how the resultant performance data are used to stimulate improvement and to ensure health care quality. ADDRESSING THE ISSUES: This paper therefore explores, individually, the conceptual bases, effectiveness and its indicators, as well as the quality improvement dynamics of the performance frameworks of the UK, Canada, Australia, US, World Health Organization, and Organisation for Economic Co-operation and Development. RESULTS: We see that they all conceive health and health system performance in one or more supportive frameworks, but differ in concepts and operations. Effectiveness often implies, nationally, the achievement of high quality outcomes of care, or internationally, the efficient achievement of system objectives, or both. Its indicators are therefore mainly outcome and, less so, process measures. The frameworks are linked to a combination of tools and initiatives to stimulate and manage performance and quality improvement. CONCLUSIONS: These dynamics may ensure the proper environment for these conceptual frameworks where, alongside objectives such as equity and efficiency, effectiveness (therefore, quality) becomes the core of health systems performance.
FONTE:
REFERENCIA: Arah et al. Conceptual frameworks for health systems performance: a quest for effectiveness, quality and improvement. Int J Qual Health Care. 2003, 15: 377-398. DOI: https://doi.org/10.1093/intqhc/mzg049.
Comparison of Small-Area Analysis Techniques for Estimating County-Level Outcomes
AUTOR(ES): Haomiao Jia, Peter Muennig, Elaine Borawski
ANO: 2004
RESUMO: BACKGROUND: Since many health data are unavailable at the county level, policymakers sometimes rely on state-level datasets to understand the health needs of their communities. This can be accomplished using small-area estimation techniques. However, it is unknown which small- area technique produces the most valid and precise results. METHODS: The reliability and accuracy of three methods used in small-area analyses were examined, including the synthetic method, spatial smoothing, and regression. To do this, severe work disability measures were first validated by comparing the 2000 Behavioral Risk Factor Surveillance System (BRFSS) and Census 2000 measures (used as the gold standard). The three small-area analysis methods were then applied to 2000 BRFSS data to examine how well each technique predicted county-level disability prevalence. RESULTS: The regression method produces the most valid and precise estimates of county-level disability prevalence over a large number of counties when a single year of data is used. CONCLUSIONS: Local health departments and policymakers who need to track trends in behavioral risk factors and health status within their counties should utilize the regression method unless their county is large enough for direct estimation of the outcome of interest.
FONTE:
REFERENCIA: Haomiao Jia, Peter Muennig, Elaine Borawski. Comparison of small-area analysis techniques for estimating county-level outcomes, American Journal of Preventive Medicine, Volume 26, Issue 5, June 2004, Pages 453-460, ISSN 0749-3797, http://dx.doi.org/10.1016/j.amepre.2004.02.004. (http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0749379704000315)
Comparação de informações sobre saúde das populações brasileira e norte-americana baseada em dados da PNAD/98 e NHIS/96
AUTOR(ES): Beltrão, Kaizô Iwakami; Sugahara, Sonoê.
ANO: 2002
RESUMO: Neste trabalho comparam-se informações sobre o estado de saúde geral referido das populações brasileira e norte-americana, desagregado por grupo etário, sexo e raça/cor. São comparadas, também desagregadas da mesma forma, taxas de prevalência de morbidades selecionadas, a saber: artrite/reumatismo, diabetes, bronquite/asma, hipertensão e doenças do coração. Os dados concernentes à população brasileira são oriundos do suplemento saúde da PNAD/1998, e os relativos à norte-americana, da NHIS/1996. Em linhas gerais, com respeito ao estado de saúde referido, as mulheres se declaram em pior estado em ambos os países, e os brasileiros se declaram em pior situação. Com respeito à morbidade, não há comportamento comum, e padrões de diferença raça/cor e sexo, via de regra, não se reproduzem igualmente para os dois países.(AU)
FONTE:
REFERENCIA: BELTRAO, Kaizô Iwakami and SUGAHARA, Sonoê. Comparação de informações sobre saúde das populações brasileira e norte-americana baseada em dados da PNAD/98 e NHIS/96. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2002, vol.7, n.4 [cited 2016-10-24], pp.841-867. Available from:
Comparação das informações sobre as prevalências de doenças crônicas obtidas pelo suplemento saúde da PNAD/98 e as estimadas pelo estudo Carga de Doença no Brasil
AUTOR(ES): Leite, Iúri da Costa; Schramm, Joyce Mendes de Andrade; Gadelha, Angela Maria Jourdan; Valente, Joaquim Gonçalves; Campos, Mônica Rodrigues; Portela, Margareth Crisóstomo; Hokerberg, Yara Hahr Marques; Oliveira, Andréia Ferreira de; Ferreira, Vanja Maria Bessa; Cavalini, Luciana Tricai; Bittencourt, Sonia Azevedo.
ANO: 2002
RESUMO: Neste estudo, estimativas de prevalência de cinco doenças crônicas cirrose, depressão, diabetes, insuficiência renal crônica e tuberculose obtidas pelo Suplemento Saúde da PNAD/98 foram comparadas com as obtidas no Projeto Carga Global de Doença no Brasil. Essas estimativas foram baseadas em análise sistemática de literatura e banco de dados de morbidade disponíveis. Os resultados mostram que a PNAD apresentou número de casos mais elevados para depressão e insuficiência renal crônica, enquanto as estimativas do Projeto Carga de Doença no Brasil apresentou maiores prevalências para cirrose, diabetes e tuberculose.
FONTE:
REFERENCIA: LEITE, Iúri da Costa et al. Comparação das informações sobre as prevalências de doenças crônicas obtidas pelo suplemento saúde da PNAD/98 e as estimadas pelo estudo Carga de Doença no Brasil. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2002, vol.7, n.4 [cited 2016-10-24], pp.733-741. Available from: