Perfil sociodemográfico e padrão de utilização dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), 2003- 2008
AUTOR(ES): Silva, Zilda Pereira da; Ribeiro, Manoel Carlos Sampaio de Almeida; Barata, Rita Barradas; Almeida, Marcia Furquim de.
ANO: 2011
RESUMO: O objetivo foi analisar a evolução do perfil de utilização de serviços de saúde, entre 2003 e 2008, no Brasil e nas suas macrorregiões. Foram utilizados dados da PNAD. A utilização de serviços de saúde foi medida pela proporção de pessoas que procuraram e foram atendidas nas 2 semanas anteriores e pelos que relataram internação nos últimos 12 meses, segundo SUS e não SUS. Foram analisadas as características socioeconômicas dos usuários, o tipo de atendimento e de serviço e os motivos da procura. A proporção de indivíduos que procuraram serviços de saúde não se alterou, assim como a parcela dos que conseguiram atendimento (96%), entre 2003 e 2008. O SUS respondeu por 56,7% dos atendimentos, realizando a maior parte das internações, vacinação e consultas e somente 1/3 das consultas odontológicas. Em 2008, manteve-se o gradiente de redução de utilização de serviços de saúde SUS conforme o aumento de renda e escolaridade. Houve decréscimo da proporção dos que procuraram serviços de saúde para ações de prevenção e aumento de procura para problemas odontológicos, acidentes e lesões e reabilitação. O padrão de utilização do SUS por região esteve inversamente relacionado à proporção de indivíduos com posse de planos privados de saúde.
FONTE:
REFERENCIA: SILVA, Zilda Pereira da; RIBEIRO, Manoel Carlos Sampaio de Almeida; BARATA, Rita Barradas and ALMEIDA, Marcia Furquim de. Perfil sociodemográfico e padrão de utilização dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), 2003- 2008. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2011, vol.16, n.9 [cited 2016-11-08], pp.3807-3816. Available from:
Perfil sociodemográfico e padrão de utilização de serviços de saúde para usuários e não-usuários do SUS - PNAD 2003
AUTOR(ES): Ribeiro, Manoel Carlos Sampaio de Almeida; Barata, Rita Barradas; Almeida, Márcia Furquim de; Silva, Zilda Pereira da.
ANO: 2006
RESUMO: A utilização de serviços de saúde é resultante da oferta e das características sociodemográficas e do perfil de saúde dos usuários. Os dados da PNAD 2003 permitem analisar as diferenças regionais,do perfil sociodemográfico dos usuários e não-usuários do SUS. As variáveis dependentes foram: atendimento em serviço de saúde (SUS ou sistema privado). Foram utilizadas as variáveis: sexo, idade, cor da pele, anos de estudo, renda familiar e posse de plano de saúde, através de um modelo de regressão logística para avaliar a probabilidade de ser atendido pelo SUS. Nos usuários do SUS há predomínio de mulheres, crianças, pretos e pardos, baixa escolaridade e renda. Há associação entre estado de saúde regular/ruim e utilização dos serviços do SUS, entre o atendimento pelo SUS e usuários de baixa escolaridade e renda. O padrão de busca de serviços foi semelhante nos usuários e não usuários do SUS. Os resultados apontam para a contribuição do SUS na universalização e eqüidade de acesso aos serviços de saúde. No entanto, os não atendidos (4 por cento) são indivíduos adultos, pretos e pardos e de baixa escolaridade e renda.(AU)
FONTE:
REFERENCIA: RIBEIRO, Manoel Carlos Sampaio de Almeida; BARATA, Rita Barradas; ALMEIDA, Márcia Furquim de and SILVA, Zilda Pereira da. Perfil sociodemográfico e padrão de utilização de serviços de saúde para usuários e não-usuários do SUS - PNAD 2003.Ciênc. saúde coletiva [online]. 2006, vol.11, n.4 [cited 2016-11-08], pp.1011-1022. Available from:
Perfil estatístico de crianças e mäes no Brasil: situação de saúde - 1981
AUTOR(ES): Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANO: 1984
RESUMO: Analisa-se a situação de saúde das crianças, jovens e mäes no Brasil, utilizando-se de informações obtidas através da pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 1981, Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária, 1980 e de dados do Ministério da Saúde. Apresenta-se um panorama sobre as características gerais da população estudada (Brasil, Regiäo Nordeste e Säo Paulo); oferta e utilização dos serviços de saúde; atenção materno-infantil; aleitamento materno; mortalidade e vacinação.
FONTE:
REFERENCIA: BRASIL. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Perfil estatístico de crianças e mäes no Brasil: situaçäo de saúde - 1981; 1984. 264 p. ilus.
Patient-centred access to health care: conceptualising access at the interface of health systems and populations
AUTOR(ES): Levesque, Jean-Frederic; Harris, Mark; Russell, Grant.
ANO: 2013
RESUMO: BACKGROUND: Access is central to the performance of health care systems around the world. However, access to health care remains a complex notion as exemplified in the variety of interpretations of the concept across authors. The aim of this paper is to suggest a conceptualisation of access to health care describing broad dimensions and determinants that integrate demand and supply-side-factors and enabling the operationalisation of access to health care all along the process of obtaining care and benefiting from the services. METHODS: A synthesis of the published literature on the conceptualisation of access has been performed. The most cited frameworks served as a basis to develop a revised conceptual framework. RESULTS: Here, we view access as the opportunity to identify healthcare needs, to seek healthcare services, to reach, to obtain or use health care services, and to actually have a need for services fulfilled. We conceptualise five dimensions of accessibility: 1) Approachability; 2) Acceptability; 3) Availability and accommodation; 4) Affordability; 5) Appropriateness. In this framework, five corresponding abilities of populations interact with the dimensions of accessibility to generate access. Five corollary dimensions of abilities include: 1) Ability to perceive; 2) Ability to seek; 3) Ability to reach; 4) Ability to pay; and 5) Ability to engage. CONCLUSIONS: This paper explains the comprehensiveness and dynamic nature of this conceptualisation of access to care and identifies relevant determinants that can have an impact on access from a multilevel perspective where factors related to health systems, institutions, organisations and providers are considered with factors at the individual, household, community, and population levels.
FONTE:
REFERENCIA: Levesque, J.-F., Harris, M. F., & Russell, G. (2013). Patient-centred access to health care: conceptualising access at the interface of health systems and populations. International Journal for Equity in Health, 12, 18. http://doi.org/10.1186/1475-9276-12-18
Overcoming Barriers to Health Service Access and Influencing the Demand Side Through Purchasing
AUTOR(ES): Ensor, Tim; Cooper, Stephanie
ANO: 2004
RESUMO: This paper investigates the role of demand-side barriers in impeding access to the use of health services. Demand-side barriers are defined as determinants of use of health care that are not dependent on service delivery or price or direct price of those services. They include distance, education, opportunity cost, and cultural and social barriers. There is some evidence that these barriers are at least as important in determining access to services as the quality, volume, and price of services delivered by health care providers.
FONTE:
REFERENCIA: EnsorT, Cooper S. Overcoming barriers to health service access and influencing the demand side through purchasing. Washington, DC,World Bank, 2004.
Otimização no serviço de saúde no estado do Paraná: fluxo de pacientes e novas configurações hierárquicas
AUTOR(ES): Scarpin, C; Steiner, M; Dias, G; Neto, P.
ANO: 2008
RESUMO: Neste trabalho é apresentada uma proposta para a otimização no serviço de saúde no estado do Paraná com relação ao fluxo de pacientes dentro do estado e a regionalização (divisão) do estado, obtendo novas configurações hierárquicas para o mesmo. Quanto à regionalização, a proposta consiste em dividir o estado em regiões menores, formadas por várias cidades, vinculadas a uma cidade sede, principal responsável pelo atendimento no seu nível de resolutividade. Com relação ao fluxo de pacientes, é proposto um algoritmo que, ao mesmo tempo em que organiza as informações, otimiza o fluxo. Já para a regionalização, fez-se uso do algoritmo branch and price, que utiliza o algoritmo de geração de colunas em cada nó de uma árvore branch and bound. A técnica proposta apresentada para otimizar o fluxo de pacientes mostrou-se eficaz e útil, pois além de fazer o controle dos procedimentos médicos realizados em cada cidade, também define para qual cidade o paciente deve ser encaminhado, respeitando a divisão hierárquica do estado. Já o algoritmo branch and price, utilizado para a otimização na regionalização do estado, é bastante interessante, pois tenta melhorar a referida divisão hierárquica do estado, levando em consideração o número de habitantes e o número de procedimentos médicos de cada município do estado. Os resultados obtidos têm atendido às expectativas da SESA-PR.
FONTE:
REFERENCIA: SCARPIN, Cassius Tadeu; STEINER, Maria Teresinha Arns; DIAS, Gláucio José Cardozo and STEINER NETO, Pedro José. Otimização no serviço de saúde no estado do Paraná: fluxo de pacientes e novas configurações hierárquicas. Gest. Prod. [online]. 2008, vol.15, n.2 [cited 2016-12-09], pp.275-290. Available from:
Os Suplementos Saúde na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) no Brasil
AUTOR(ES): Travassos, Claudia; Viacava, Francisco; Laguardia, Josué.
ANO: 2008
RESUMO: As mudanças socioeconômicas, demográficas e tecnológicas e suas implicações nas políticas públicas demandam dos órgãos governamentais a produção de informações. As informações atualizadas de base populacional e de âmbito nacional são essenciais ao processo de planejamento e ao acompanhamento pela sociedade do cumprimento dos princípios constitucionais da saúde, como direito ao acesso igualitário aos serviços de saúde. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) é uma fonte de dados importante para o conhecimento e monitoramento de aspectos relevantes da situação de saúde da população brasileira e do acesso, utilização e financiamento de serviços de saúde. Neste artigo, faz-se um breve histórico da evolução dos objetivos, da periodicidade e da abrangência geográfica ao longo de quatro décadas da PNAD no Brasil, enfatizando-se os principais aspectos incluídos nos suplementos de saúde em 1981, 1986, 1998 e 2003. A produção de textos técnicos e acadêmicos, gerados a partir desses suplementos, tem permitido conhecer aspectos importantes da saúde da população brasileira e monitorar, em diferentes recortes geográficos e socioeconômicos, as políticas voltadas para o acesso e uso de serviços de saúde. Argumenta-se sobre a necessidade de iniciar uma discussão mais profunda sobre a continuidade da série histórica iniciada em 1998, frente à implantação, em futuro próximo, do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares (SIPD) pelo IBGE.
FONTE:
REFERENCIA: Travassos Claudia, Viacava Francisco, Laguardia Josué. Os Suplementos Saúde na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) no Brasil. Rev. bras. epidemiol. [Internet]. 2008; 11( Suppl 1 ): 98-112. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000500010&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2008000500010.
Os inquéritos domiciliares e o Sistema Nacional de Informações em Saúde
AUTOR(ES): Viacava, Francisco; Dachs, Norberto; Travassos, Claudia.
ANO: 2006
RESUMO: Neste artigo apresenta-se um breve histórico dos inquéritos domiciliares em saúde de abrangência nacional, que foram desenvolvidos no Brasil ao longo dos últimos 20 anos. Discutem-se alguns problemas metodológicos importantes envolvidos na concepção e no desenho amostral dos inquéritos de base populacional e faz-se uma breve revisão dos aspectos contemplados pelos suplementos de saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que foram a campo em 1981, 1986, 1998 e 2003. Tendo em vista o compromisso já assumido pelo Ministério da Saúde e pelo IBGE quanto à inclusão de um novo suplemento na PNAD de 2008, abre-se um debate sobre as vantagens e as limitações da PNAD como instrumento capaz de gerar dados de base populacional sobre morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde. Finalmente destaca-se a necessidade de formulação de política para a geração de informações a partir de inquéritos de base populacional e sua incorporação ao Sistema Nacional de Informações em Saúde. Os inquéritos devem ser realizados periodicamente e os recursos financeiros para sua realização garantidos.
FONTE:
REFERENCIA: Viacava Francisco, Dachs Norberto, Travassos Claudia. Os inquéritos domiciliares e o Sistema Nacional de Informações em Saúde. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2006; 11( 4 ): 863-869. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232006000400002&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232006000400002.
Os impactos do Novo Regime Fiscal para o financiamento do Sistema Único de Saúde e para a efetivação do direito à saúde no Brasil (Nota Técnica no. 28)
AUTOR(ES): Vieira, Fabiola Sulpino; Benevides, Rodrigo.
ANO: 2016
RESUMO: Esta Nota Técnica tem por objetivo analisar algumas implicações para o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e para a garantia do direito à saúde caso o Novo Regime Fiscal, apresentado por meio da Proposta de Emenda à Constituição nº 241/2016 (PEC 241), seja aprovado pelo Congresso Nacional. Explica-se qual é a proposição e discutem-se os impactos do congelamento do piso do gasto federal com saúde para o financiamento do sistema, quais sejam: a) desvinculação das despesas com ações e serviços públicos de saúde (ASPS) da receita corrente líquida; b) perda de recursos em relação às regras de vinculação das Emendas Constitucionais nº 29 e nº 86; c) redução do gasto público per capita com saúde; d) desobrigação dos governos de alocarem mais recursos em saúde em contextos de crescimento econômico; e) provável aumento das iniquidades no acesso a bens e serviços de saúde; e f) dificuldades para a efetivação do direito à saúde no Brasil. Por fim, são elencadas particularidades do financiamento público da saúde que não foram consideradas na Proposta de Emenda Constitucional, com o objetivo de contribuir para o debate.
FONTE:
REFERENCIA: VIEIRA, Fabiola Sulpino; BENEVIDES, Rodrigo Pucci de Sá. Os impactos do Novo Regime Fiscal para o financiamento do Sistema Único de Saúde e para a efetivação do direito à saúde no Brasil. Brasília: IPEA, Nota Técnica no. 28, set 2016.
Os gastos das famílias com saúde
AUTOR(ES): Silveira, Fernando Gaiger; Osório, Rafael Guerreiro; Piola, Sérgio Francisco.
ANO: 2002
RESUMO: O artigo discute as principais características dos gastos das famílias brasileiras com saúde, a partir de duas fontes distintas: a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Mostra-se a importância do gasto com saúde em relação aos outros grupos de despesas, e se procede à estimativa do montante destes gastos. No artigo, apontam-se as duas principais categorias do gasto das famílias com saúde: os medicamentos e as mensalidades de planos ou seguros de saúde. As famílias das pessoas que estão entre os 30 por cento mais ricos são as responsáveis pela maior parte dos gastos totais. Nas famílias das pessoas que pertencem aos 90 por cento mais pobres da população, a maior parte dos dispêndios com saúde se dirige à compra de medicamentos. Quanto mais pobres são as famílias consideradas, maior é o peso, entendido como porcentagem da renda familiar, representado pelos gastos com medicamentos, planos e com saúde em geral.(AU)
FONTE:
REFERENCIA: SILVEIRA, Fernando Gaiger; OSORIO, Rafael Guerreiro and PIOLA, Sérgio Francisco.Os gastos das famílias com saúde. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2002, vol.7, n.4 [cited 2016-11-08], pp.719-731. Available from:
OECD Reviews of Health Systems: Colombia 2016
AUTOR(ES): OECD.
ANO: 2015
RESUMO: Colombia's record in extending health insurance and health services to its population is impressive. In 1990, around 1 in 6 of the population had health insurance. Now, nearly 97% do, with greatest expansion occurring amongst poorer households. Likewise, in 1993 out-of-pocket spending made up 52% of total national expenditure on health. By 2006, this had fallen to less than 15%. Although Colombia has high rates of income inequality (with a Gini coefficient of 53.5 in 2012, compared to the OECD average of 32.2), access to health care services is much more equal. In urban populations, for example, 1.8% of children aged less than two years of age are recorded as having received no routine vaccinations, compared to 1.0% of rural children. Colombia nevertheless faces important challenges to maintain and improve the performance of its health system. This report looks at Colombia's health care system in detail and offers recommendations on what Colombia can do to ensure accessibility, quality, efficiency and sustainability.
FONTE:
REFERENCIA: OECD (2015), OECD Reviews of Health Systems: Colombia 2016, OECD Publishing, Paris. DOI: http://dx.doi.org/10.1787/9789264248908-en
OECD Reviews of Health Care Quality: Japan 2015
AUTOR(ES): OECD.
ANO: 2015
RESUMO: This report reviews the quality of health care in Japan, and seeks to highlight best practices, and provides a series of targeted assessments and recommendations for further improvements to quality of care, particularly in the area of primary care, hospital care and mental health care.
FONTE:
REFERENCIA: OECD (2015). OECD Reviews of Health Care Quality: Japan 2015: Raising Standards, OECD Publishing, Paris. http://dx.doi.org/10.1787/9789264225817-em
O mercado de planos e seguros de saúde no Brasil: uma abordagem exploratória sobre a estratificação das demandas segundo a PNAD 2003
AUTOR(ES): Bahia, Ligia; Luiz, Ronir Raggio; Salm, Cláudio; Costa, Antonio José Leal; Kale, Pauline Lorena; Cavalcanti, Maria de Lourdes T.
ANO: 2006
RESUMO: A partir dos dados do Suplemento Saúde da PNAD 1998, diversos estudos evidenciaram a presença de diferenças significativas nos padrões socioeconômicos, acesso, utilização de serviços de saúde e condições de saúde entre os segmentos populacionais cobertos e não cobertos por planos de saúde. Buscando contribuir para aprimorar o acervo dos conhecimentos sobre a estrutura e a dinâmica do mercado de planos e seguros de saúde no Brasil, admite-se e procura-se evidenciar a heterogeneidade dessas demandas. Para tanto, foi definida uma tipologia de planos de saúde, fundamentada nas origens institucionais das demandas e, subseqüentemente, pelas relações de dependência com titulares de planos e seguros de saúde, integrada por três categorias principais: os planos empresariais privados, os planos empresariais públicos e os planos individuais. As características etárias, socioeconômicas e de condições de saúde variam segundo os diferentes tipos de plano, sugerindo a presença de padrões distintos de demandas, especialmente entre os planos empresariais privados e os planos individuais.
FONTE:
REFERENCIA: BAHIA, Ligia et al. O mercado de planos e seguros de saúde no Brasil: uma abordagem exploratória sobre a estratificação das demandas segundo a PNAD 2003. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2006, vol.11, n.4 [cited 2016-11-08], pp.951-965. Available from:
O enfoque regional na política de saúde brasileira (2001-2011): diretrizes nacionais e o processo de regionalização nos estados brasileiros
AUTOR(ES): Albuquerque, Mariana Vercesi de.
ANO: 2013
RESUMO: O objetivo é analisar o enfoque regional na política de saúde brasileira (2001-2011), considerando as mudanças nas diretrizes nacionais e o processo de regionalização nos estados. Utilizou-se o referencial teórico da geografia humana (geografia nova) e da análise de políticas públicas (institucionalismo histórico), pesquisa bibliográfica sobre o tema, análise de dados secundários, análise documental e entrevistas com atores-chave do processo de regionalização nos estados. Concluiu-se que, em dez anos, o enfoque regional progrediu no sentido de tornar a região de saúde o recorte privilegiado para lidar com a dimensão territorial da universalização da saúde e induzir mudanças na política, no planejamento, financiamento, na gestão e organização técnica do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de assegurar uma ação mais eficaz do Estado na garantia do direito à saúde. As diretrizes nacionais caracterizaram três fases: a "regionalização normativa", a "regionalização viva" e a "regionalização contratualizada". A partir de 2010, a forte associação entre as diretrizes de regionalização e das redes de atenção à saúde tendeu a priorizar o enfoque das redes no planejamento do SUS, tornando mais complexa a ideia de regionalização. Mas a capacidade de induzir mudanças e garantir a universalização a partir das redes e regiões de saúde depende fundamentalmente da conformação do sistema e das políticas de saúde nos estados. As situações geográficas que caracterizam quatro grandes regiões brasileiras (Região Concentrada, Amazônia, Nordeste e Centro-Oeste) associadas à forma de organização política do território criam limitações e especificidades para o planejamento e gestão regional do SUS. A experiência recente de regionalização nos estados (2007-2010) mostrou diferentes estágios desse processo, segundo os contextos (histórico-estrutural, políticoinstitucional e conjuntural), a direcionalidade (ideologia, objeto, atores, estratégias e instrumentos) e as características da regionalização (institucionalidade e governança). A institucionalidade das regiões de saúde tende a ser mais avançada e sua governança mais cooperativa e coordenada nos estados com maior tradição de planejamento regional, onde os contextos são mais favoráveis, onde há priorização da regionalização nas agendas estaduais e municipais de saúde (e/ou dos conselhos de secretários municipais) e forte atuação das secretarias estaduais no planejamento. Os contextos tendem a ser mais favoráveis ao processo de regionalização do SUS nas áreas mais populosas, densamente urbanizadas e modernizadas, concentradoras de tecnologias, profissionais, fluxos materiais e imateriais, equipamentos e recursos públicos e privados de saúde.
FONTE:
REFERENCIA: Albuquerque, Mariana Vercesi de. O enfoque regional na política de saúde brasileira (2001-2011): diretrizes nacionais e o processo de regionalização nos estados brasileiros [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina; 2013 [citado 2017-04-05]. doi:10.11606/T.5.2014.tde-01042014-114150.
O arranjo público-privado no Brasil e a qualidade da assistência hospitalar em São Paulo e no Rio Grande do Sul
AUTOR(ES): Machado, Juliana Pires.
ANO: 2014
RESUMO: A preocupação com a melhoria da qualidade da assistência hospitalar tem crescido no mundo, impulsionada pela demanda de financiadores, prestadores, profissionais e pacientes. O desempenho de hospitais sofre influência da estrutura do sistema de saúde em que estes se inserem. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) cobre toda a população e cerca de 25% dela é também coberta por planos privados de saúde. A partir da utilização de bases de dados administrativas, o presente estudo procurou analisar se a qualidade da assistência hospitalar, medida pela taxa de mortalidade ajustada por risco, difere segundo fontes de pagamento das internações e arranjos de financiamento dos hospitais. A análise descritiva indicou heterogeneidade na distribuição dos serviços hospitalares no país, com vantagens na oferta de leitos para a população coberta por plano privado sobre a população SUS, mas com maior homogeneidade geográfica para esta última. Observou-se como opção majoritária dos hospitais o seu multifinanciamento, com clientela mista (SUS e não SUS), gerando baixa exclusividade de rede hospitalar disponível para pagadores privados, além de manutenção da histórica dependência de grande parte da rede privada para com recursos públicos. Para a análise da qualidade, selecionaram-se dois conjuntos de internações, segundo duas propostas metodológicas distintas. Realizaram-se ajuste de risco para as características dos pacientes, por meio de regressão logística tradicional, e análise dos modelos explicativos para a mortalidade, por meio de regressões logísticas tradicional e multinível. Foram analisadas as relações entre mortalidade hospitalar ajustada, características do processo de cuidado e características do hospital. A razão de mortalidade observada e esperada foi calculada para cada hospital e por fontes de pagamento, como medida para a análise do desempenho a partir do método de regressão logística tradicional. Para o modelo multinível, a análise do desempenho foi feita a partir dos desviantes. Os modelos de ajuste de risco aplicados tiveram capacidade discriminativa de razoável a boa, sendo considerados úteis para a sua finalidade, ainda que se reconheçam falhas na qualidade da informação utilizada. Os modelos de regressão logística tradicional e multinível mostraram-se coerentes quanto à direção e força das associações, sendo o segundo considerado mais adequado devido ao tratamento que oferece ao efeito das hierarquias. O risco de morte para pacientes do SUS foi maior do que para os demais pacientes, em todos os tipos de hospitais, inclusive para aqueles internados no mesmo hospital onde se encontravam os demais pacientes, o que indica a ocorrência de iniquidades internas nestes hospitais, conduzindo a resultados diversos, ainda que com a disponibilidade física das mesmas estruturas, mas dependendo do financiamento da internação. Esforços devem ser dedicados ao alinhamento de investimentos públicos e privados, com vistas à uniformização da oferta e à promoção da melhoria e equidade da qualidade de serviços hospitalares, independentemente das fontes de pagamento. O monitoramento da qualidade destes serviços deve ser parte do conjunto de informações usadas no direcionamento de políticas e regulamentações na área hospitalar, em prol de resultados positivos para a sociedade e para o país.
FONTE:
REFERENCIA: Machado, Juliana Pires. O arranjo público-privado no Brasil e a qualidade da assistência hospitalar em São Paulo e no Rio Grande do Sul. 2014. 169 f. Tese (Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2014.