Histerectomia
Definição: Número de histerectomias em residentes do sexo feminino de 20 anos ou mais de idade, por 100 mil habitantes do sexo feminino de 20 anos ou mais de idade, em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Interpretação: A redução nas taxas internação para histerectomia ao longo do tempo aponta para possíveis mudanças nas práticas de saúde, tais como o uso de procedimentos alternativos mais conservadores.
Método de Cálculo: Numerador: número de cirurgias de histerectomia realizadas em residentes do sexo feminino com 20 anos ou mais de idade x 100.000. Denominador: população total residente do sexo feminino com 20 anos ou mais de idade. Código (SIH/1998-2007): 34009035, 34010033, 34011030, 34014039, 34017038, 34022031, 34704124, 34709037, 34710035, 34717030 e 35011017. Código (SIH/2008-2010):0409060100, 0409060119, 0409060127, 0409060135, 0409060143, 0409060151, 0411020030. Critérios de exclusão: histerectomias puerperais ou em oncologia e os diagnósticos relacionados à neoplasias malignas (C51-C58), carcinomas in situ e de comportamento incerto/desconhecido (D06-D09), gravidez, parto e puerpério (O00-O99) e relacionadas a causas externas (V01-Y98).
Fonte dos Dados: SIH-SUS e IBGE.
Valor de Referência: Entre 20 e 30% das mulheres serão submetidas a essa operação até a sexta década de vida. A frequência dessa cirurgia varia segundo o país, sendo mais alta nos Estados Unidos e Austrália (1:1000 mulheres/ano), quando comparada à Europa. Nos EUA, 16% das pacientes foram submetidos à histerectomia por razões inapropriadas, sendo a probabilidade maior em mulheres mais jovens.
Periodicidade da fonte de dados: Mensal.
Atualização do indicador: Anual.
Período Coberto: 2000-2021
Abrangência Geográfica Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Regiões de Saúde e Municípios.
Dimensão(ões) : Adequação.
Bibliografia : 1 - Soria, H. et al. Histerectomia e as doenças ginecológicas benignas: o que está sendo praticado na Residência Médica no Brasil?. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2007, vol.29, n.2, pp. 67-73. 2 - Lefebvre, G.et al. Hysterectomy. S O G C Clinical Practice Guidelines. Journal of Obstetrics & Gynaecology Canada, 102:1-12, 2002. 3 - Bernstein, S. J. et al. The appropriateness of hiysterectomy. A comparison of care in seven health plans. JAMA, 269(18):2398-402, 1993.
Limitações: 1 - A Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ) considera que esse indicador: a) não é uma medida direta de resultado, mas de um aspecto do cuidado que está associado ao resultado, sugerindo seu uso associado a outros indicadores que mensurem aspectos similares do cuidado, b) as características do paciente podem afetar o desempenho desse indicador, requerendo o ajuste por risco (viés de confundimento), c) há incerteza e básica correlação com medidas amplamente aceitas de processo (básica validade de constructo), d) benchmark pouco claro - a taxa correta não está bem estabelecida, podendo ser utilizadas as médias nacionais e Regiões como parâmetro de comparação. 2 - A subestimação das taxas pode ser devido ao fato que os dados nacionais são provenientes de instituições públicas ou conveniadas ao SUS, não contemplando as histerectomias realizadas em instituições privadas com pagamento do procedimento pelo paciente ou plano de saúde e a inclusão no denominador de mulheres histerectomizadas. 3 - Os fatores que podem influenciar as tendências das taxas incluem o desenvolvimento de novas tecnologias para tratamento de afecções uterinas, utilização de diretrizes clínicas e revisão por pares que garantam maior qualidade na assistência, bem como o desejo das pacientes em preservar a fertilidade.
Observações: A Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ) utiliza dados de pessoas do sexo feminino com 18 anos ou mais, excluindo do numerador os casos de câncer genital e trauma pélvico ou abdominal inferior, categorias diagnósticas principais relacionadas ao parto e puerpério, recém-nascido e neonatos. A Austrália mantém na tabulação dos seus dados as condições excluídas pelo AHRQ. O Canadá utiliza a reinternação não planejada após alta por histerectomia em mulheres de 15 a 84 anos e a histerectomia em mulheres com 20 anos ou mais. O Reino Unido utiliza o indicador de reinternação emergencial no prazo de 28 após alta por histerectomia para mulheres de todas as idades.



Consulta aos dados
Ajuste:
Abrangência Geográfica