Padronização dos indicadores


O emprego de métodos de padronização visa diminuir a interferência das diferenças entre características como sexo e idade em diferentes localidades analisadas. Normalmente, os métodos mais comuns de padronização são o direto e o indireto.

De 2009 a 2014, os indicadores para Brasil, Grandes Regiões e UFs foram padronizados pelo método direto, no qual as taxas específicas sexo/idade de uma localidade são obtidas pela distribuição sexo/idade da população padrão e, posteriormente, agregadas para gerar os valores padronizados.

A partir de 2015, com a introdução das Regiões de Saúde como unidade de análise, foi necessário fazer uso do método indireto, dado os baixos valores amostrais1,2 que, frequentemente, ocorrem nos diferentes estratos sexo/idade de uma Região de Saúde, em um determinado ano.  O método também foi adotado nas demais abrangências, permitindo a comparação de indicadores entre as diferentes abrangências geográficas. Nesse método, as taxas específicas sexo/idade fornecidas pela população de referência são multiplicadas pela distribuição populacional sexo/idade da população para qual se busca a taxa padronizada. Posteriormente, obtém-se uma soma desses estratos, gerando o número esperado de casos para a localidade. Ao final, é produzida uma razão entre o número observado e esperado de casos, conhecida como Standardized Morbidity/Mortality Ratio (SMR). Comumente, o SMR é apresentado como o resultado final de um processo de padronização, mas também há a opção de se apresentar taxas padronizadas, bastando multiplicar o SMR pela taxa de morbidade/mortalidade da população de referência. Esta segunda opção foi a adotada pelo PROADESS.

Referências

1 - Curtin LR, Klein RJ. Direct standardization (age-adjusted death rates). Health People Statistical Notes No. 6 (revised). March 1995.

2 - Medronho R; Bloch KV; Luiz RR; Werneck GL (eds.). Epidemiologia. Atheneu, São Paulo, 2009, 2ª Edição.