1. Análise comparativa de classificações de vulnerabilidade para municípios g100
RESUMO: Em 2009, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) denominou g100 um grupo de municípios caracterizados por possuir mais de 80 mil habitantes, baixos níveis de receita pública per capita e alta vulnerabilidade socioeconômica. Este estudo buscou descrever o g100 a partir da posição comparativa segundo três medidas de vulnerabilidade socioeconômica aplicadas aos municípios com mais de 80 mil habitantes, discutindo a pertinência do uso da proposta da FNP como critério de priorização em políticas sociais. Comparou-se a listagem dos 100 primeiros municípios g100 com aquelas do Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e Índice Brasileiro de Privação (IBP). Identificou-se que 25 municípios classificados como g100 não estavam entre os 100 primeiros nos demais índices; mas 46 municípios g100 encontravam-se entre os mais vulneráveis nas três medidas. Discute-se a necessidade de amplo debate e consenso sobre as medidas de vulnerabilidade socioeconômica empregadas no planejamento e execução de políticas públicas. Esta reflexão está ancorada na defesa de que as ações e políticas públicas sejam intrinsicamente planejadas para garantia de maior equidade geográfica e alocativa em face da efetividade de resposta às demandas da população.
Palavras chave: Fatores socioeconômicos; Municípios; Vulnerabilidade social; Índice
ANO: 2023
REFERENCIA: CARVALHO, C.C.; MARTINS, M.; VIACAVA, F.; OLIVEIRA, R. A. D. Análise comparativa de classificações de vulnerabilidade para municípios g100. REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS DE POPULAÇÃO. REBEP, v. 40, p. 1-20, 2023.
2. Cenários de Regionalização para Atenção Hospitalar à Covid-19 no Estado do Rio de Janeiro
RESUMO:
Palavras chave:
ANO: 2022
REFERENCIA: OLIVEIRA, R. A. D., VIACAVA, F., ROMÃO, A. R., MARTINS, M., CARVALHO, C. C., and PEIXOTO, C. P. Cenários de regionalização para atenção hospitalar à covid-19 no estado do Rio de Janeiro. In: PORTELA, M. C., REIS, L. G. C., and LIMA, S. M. L., eds. Covid-19: desafios para a organização e repercussões nos sistemas e serviços de saúde [online]. Rio de Janeiro: Observatório Covid-19 Fiocruz, Editora Fiocruz, 2022, pp. 145-164. Informação para ação na Covid-19 series. ISBN: 978-65-5708-123-5. https://doi.org/10.7476/9786557081587.0009.
3. Covid-19 nas metrópoles: oferta de recursos em saúde e fluxos para internações hospitalares
RESUMO:
Palavras chave:
ANO: 2022
REFERENCIA: OLIVEIRA, R. A. D.; CARVALHO, C. C.; VIACAVA, FRANCISCO; MARTINS, M.; ROMAO, A. R.; PEIXOTO, C. Covid-19 nas metrópoles: oferta de recursos em saúde e fluxos para internações hospitalares. In: Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro; José Carvalho de Noronha; Juciano Martins Rodrigues; Ricardo Antunes Dantas de Oliveira. (Org.). Metrópole e Pandemia: presente e futuro. 1ed.Rio de Janeiro: Letra Capital, 2022, v. 1, p. 284-311.
4. Pandemia de Covid-19: variação no uso de internações hospitalares nos municípios g100
RESUMO: Este estudo objetivou analisar comparativamente o volume e os fluxos para internações hospitalares antes e durante o primeiro ano da pandemia da Covid-19 nos 112 municípios g100. Esses municípios caracterizam-se por ter mais de 80 mil habitantes, baixa renda e alta vulnerabilidade socioeconômica. Foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde referentes ao período 2017-2020. Selecionaram-se as internações de adultos (idade = 18 anos), que foram classificadas segundo tipo de admissão ou especialidade do tratamento nas seguintes categorias: eletivas ou urgência/ emergência; tratamento clínico, cirúrgico, obstétrico e oncológico. As internações eletivas apresentaram maior redução no volume em 2020 em relação ao ano anterior devido às medidas adotadas para minimizar os riscos de contágio e priorização do cuidado aos pacientes grave por Covid-19. Não foram observadas alterações significativas em relação ao local de realização das internações de residentes de municípios g100. Contudo, no g100, observou-se diferenciação entre localidades nas quais a regionalização em saúde funciona de forma mais adequada, e em outras onde há escassez de recursos ou necessidade de planejamento e gestão mais efetivos.
Palavras chave: Covid-19; Serviços de saúde; Acesso aos serviços de saúde; Fatores socioeconômicos
ANO: 2022
REFERENCIA: CARVALHO, C. C.; MARTINS, M.; VIACAVA, F.; PEIXOTO, C.; ROMAO, A. R.; OLIVEIRA, R. A. D. Pandemia de Covid-19: variação no uso de internações hospitalares nos municípios g100. Saúde em Debate, v. 46, p. 89-105, 2022.
5. Desigualdades regionais e sociais em saúde segundo inquéritos domiciliares (Brasil, 1998-2013)
RESUMO: Este artigo busca discutir a evolução das desigualdades em saúde e no acesso aos serviços de saúde nas grandes regiões a partir de inquéritos domiciliares realizados de 1998 a 2013. As desigualdades sociais foram analisadas pelas razões de extremos de anos de escolaridade, considerando duas faixas etárias (18 a 59 anos e 60 anos ou mais). Nas condições de saúde, observa-se, nos dois grupos etários, uma pior avaliação do estado de saúde e um aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, o que pode estar relacionado à expansão da atenção básica. Quanto à realização de consultas médicas no último ano, encontra-se, no geral, maior acesso, com manutenção de pequenas desigualdades. A maior utilização de consulta odontológica entre os de menor escolaridade provoca uma redução nas desigualdades, que ainda são significativas. As internações hospitalares, ao longo da série, são maiores entre os menos escolarizados, e há uma redução nas taxas nos dois grupos etários, em quase todas as regiões. Percebe-se um aumento na realização de mamografia por mulheres menos escolarizadas, com diminuição da desigualdade. Os resultados corroboram a necessidade da continuidade dos inquéritos domiciliares para o monitoramento das desigualdades regionais e sociais no acesso ao sistema de saúde.
Palavras chave: Desigualdades sociais; Acesso aos serviços de saúde; Inquérito de saúde
ANO: 2019
REFERENCIA: VIACAVA, F.; PORTO, S. M.; CARVALHO, C. C.; BELLIDO, J. Desigualdades regionais e sociais em saúde segundo inquéritos domiciliares (Brasil, 1998-2013). Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 2745-2760, 2019.
6. SUS: oferta, acesso e utilização de serviços de saúde nos últimos 30 anos
RESUMO: Ao longo dos últimos 30 anos, o Sistema Único de Saúde brasileiro se caracterizou por importantes mudanças na atenção à saúde. No presente artigo, são apresentados dados relativos à evolução das estruturas ambulatorial e hospitalar, e dos recursos humanos, bem como acerca da utilização dos serviços de saúde. A expansão da rede pública ocorreu principalmente entre as unidades que dão suporte aos programas de atenção básica, ampliando o acesso às consultas médicas e a redução das internações para um conjunto de doenças, mas persiste uma carência de profissionais, especialmente no cuidado odontológico. Entretanto, a despeito do avanço na cobertura, permanecem os desafios à continuidade do SUS e à melhoria da qualidade do cuidado, particularmente no tocante ao financiamento público, oferta de serviços, e na relação com o setor privado.
Palavras chave: Utilização de serviços de saúde; Acesso aos serviços de saúde; Rede assistencial
ANO: 2018
REFERENCIA: VIACAVA, F.; OLIVEIRA, R. A. D.; CARVALHO, C. C.; Laguardia, J.; BELLIDO, J. SUS: oferta, acesso e utilização de serviços de saúde nos últimos 30 anos. Ciencia & Saude Coletiva, v. 23, p. 1751-1762, 2018.
7. Cobertura de mamografias, alocação e uso de equipamentos nas Regiões de Saúde
RESUMO: O rastreamento por intermédio da mamografia é o principal meio de detecção da neoplasia maligna da mama. Considera-se relevante compreender como este tem se dado nas Regiões de Saúde brasileiras, unidade espacial fundamental na atual política de saúde. A análise de indicadores relacionados à cobertura de mamografia das mulheres de 40 a 69 anos, número, distribuição e grau de utilização dos mamógrafos demonstra grandes problemas, que não podem ser simplesmente atribuídos à falta de equipamentos. Destaca-se também a diversidade de situações das Regiões de Saúde e das unidades da federação, caracterizada especialmente pelas melhores condições no Sul e Sudeste e piores nas outras regiões.
Palavras chave: Mamografia; Instrumentação; Parâmetros; Regionalização
ANO: 2016
REFERENCIA: Xavier Diego Ricardo, Oliveira Ricardo Antunes Dantas de, Matos Vanderlei Pascoal de, Viacava Francisco, Carvalho Carolina de Campos. Cobertura de mamografias, alocação e uso de equipamentos nas Regiões de Saúde. Saúde debate [Internet]. 2016; 40(110): 20-35. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042016000300020&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201611002.
8. Condições de saúde, acesso a serviços e fontes de pagamento, segundo inquéritos domiciliares
RESUMO: Este artigo analisa a continuidade da série histórica dos indicadores provenientes dos suplementos de saúde das PNAD 1998, 2003 e 2008 e da Pesquisa Nacional em Saúde (PNS 2013). Indicadores sobre necessidades de saúde, acesso e uso de serviços de saúde e suas fontes de pagamento foram calculados a partir das questões que procuraram obter a mesma informação nos diferentes inquéritos. Apesar da melhoria no acesso e uso de serviços de saúde em todas as regiões, notam-se diferenças importantes em todas as dimensões analisadas quando se observam dados do Norte e Nordeste em relação às demais: pior avaliação do estado de saúde, maior restrição de atividades, e menor uso de serviços de saúde, apesar da maior cobertura pelos programas públicos. A evolução na fonte de pagamento dos atendimentos realizados nas últimas duas semanas demonstra que a população brasileira está utilizando mais serviços através do SUS, assim como mais atenção por plano de saúde e realizando menor pagamento do bolso. É importante observar que a participação do SUS aumentou nas regiões mais ricas e que os aumentos via plano de saúde cresceram de maneira importante apenas no Centro-Oeste.
Palavras chave: Inquéritos de saúde; Acesso aos serviços de saúde; Necessidades de atenção à saúde
ANO: 2016
REFERENCIA: Viacava Francisco, Bellido Jaime G. Condições de saúde, acesso a serviços e fontes de pagamento, segundo inquéritos domiciliares. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2016; 21(2): 351-370. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016000200351&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015212.19422015.
9. Aspectos Socioeconômicos, de Estrutura e de Desempenho dos Serviços de Saúde das 17 Regiões de Saúde do Projeto Região e Redes
RESUMO: Com a finalidade de auxiliar o desenvolvimento da análise qualitativa e a realização do trabalho de campo do Projeto de Pesquisa Multicêntrico Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil (Projeto Região e Redes), apresenta-se uma análise descritiva e comparativa dos indicadores para as 17 Regiões de Saúde que compõem a amostra do projeto utilizando os dados do PROADESS e do Banco de Indicadores Regionais do projeto.
Palavras chave: Regionalização; Avaliação do desempenho de sistemas de saúde; Indicadores de saúde; Serviços de saúde; Aspectos socioeconômicos
ANO: 2016
REFERENCIA: Pavão AL, Duarte CR, Viacava F, Oliveira RAD. Aspectos Socioeconômicos, de Estrutura e de Desempenho dos Serviços de Saúde das 17 Regiões de Saúde do Projeto Região e Redes. Novos Caminhos, n.7, maio/2016. Pesquisa Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil. Disponível em: http://www.resbr.net.br/wpcontent/uploads/2015/12/NovosCaminhos7.pdf
10. Regionalização e desenvolvimento humano: uma proposta de tipologia de Regiões de Saúde no Brasil
RESUMO: O objetivo do trabalho foi apresentar uma proposta de diferenciação das Regiões de Saúde no Brasil, baseada no desenvolvimento humano, contribuindo para a identificação de espaços geográficos comparáveis para observação, análise e acompanhamento do desempenho dos sistemas regionalizados de saúde. Os valores das dimensões do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal foram calculados para as Regiões de Saúde pela agregação dos dados dos municípios, ponderados pelo seu tamanho populacional. O agrupamento das Regiões de Saúde em 5 grupos, segundo combinações de longevidade, riqueza e escolaridade, foi determinado pelo método K-Médias. Metade das Regiões de Saúde brasileiras foi classificada em grupos do tipo 1 e 2 e a outra metade em grupos dos tipos 3 a 5. A tipologia apresentada oferece um modelo de agrupamento de Regiões de Saúde homogêneas, coerente com os pressupostos teóricos do PROADESS. A opção por indicadores e métodos de agregação bem estabelecidos tende a favorecer a sua compreensão e utilização pelos atores ligados à gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Palavras chave: Regionalização; Avaliação em Saúde; Desenvolvimento Humano
ANO: 2015
REFERENCIA: Duarte Cristina Maria Rabelais, Pedroso Marcel de Moraes, Bellido Jaime Gregório, Moreira Rodrigo da Silva, Viacava Francisco. Regionalização e desenvolvimento humano: uma proposta de tipologia de Regiões de Saúde no Brasil. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2015 Jun; 31(6): 1163-1174. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601163&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00097414.
11. Diferenças regionais no acesso a cirurgia cardiovascular no Brasil, 2002-2010
RESUMO: As taxas internação por angioplastia e cirurgia de revascularização vêm sendo usadas como proxies de acesso a serviços de alta complexidade. O objetivo é analisar sua evolução e discutir quais seriam as possíveis causas associadas às desigualdades regionais. Foram calculadas as taxas padronizadas de realização de angioplastia e cirurgia de revascularização por sexo e idade por 100 mil habitantes de 20 anos e mais, no período 2002 a 2010. A comparação com os dados internacionais mostra que o Brasil tem taxas menores que as observadas nos países da OECD. No Brasil, as taxas padronizadas de internação por angioplastia na população de 20 anos ou mais apresentaram uma tendência de crescimento, passando de 27,5 por 100 mil habitantes em 2002 para 39 por 100 mil em 2010. Na comparação das taxas padronizadas por idade e sexo entre as grandes regiões do Brasil, além das diferenças marcantes no eixo Norte - Sul, o que chama atenção é que mantenham um padrão estável e também as diferenças regionais. A constituição de redes assistenciais regionais hierarquizadas para cirurgias cardíacas constitui uma estratégia importante para: garantir a qualidade do cuidado, a optimização dos custos operacionais e reduzir as desigualdades no acesso entre as regiões brasileiras.
Palavras chave: Avaliação de serviços de saúde; Acesso; Revascularização do miocárdio; Angioplastia
ANO: 2012
REFERENCIA: Viacava Francisco, Porto Silvia, Laguardia Josué, Moreira Rodrigo da Silva, Ugá Maria Alícia Dominguez. Diferenças regionais no acesso a cirurgia cardiovascular no Brasil, 2002 -2010. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2012 Nov [cited 2017 Mar 14] ; 17(11): 2963-2969. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012001100013&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012001100013.
12. Avaliação de Desempenho de Sistemas de Saúde: um modelo de análise
RESUMO: Este artigo apresenta uma revisão da Matriz de Dimensões da Avaliação do Sistema de Saúde no Brasil desenvolvida em 2003, e uma atualização conceitual de parte das subdimensões de avaliação do desempenho dos serviços de saúde: efetividade, acesso, eficiência e adequação. Descreve o processo de seleção dos indicadores utilizados e uma síntese dos resultados para cada subdimensão do desempenho. O comportamento dos indicadores utilizados para avaliar o desempenho dos serviços de saúde no Brasil, no que se refere às quatro subdimensões selecionadas, não é uniforme e as melhorias mais acentuadas são observadas naquelas influenciadas pela atuação dos serviços no campo da atenção primária, as melhorias mais significativas foram observadas nas Efetividade e Acesso. Em relação à Eficiência dos serviços de saúde coexistem situações de alta eficiência com outras de baixo desempenho. A atuação dos serviços de saúde na subdimensão Adequação foi pior do que nas demais apresentadas.
Palavras chave: Desempenho do sistema de saúde; Eficiência; Efetividade; Acesso; Adequação
ANO: 2012
REFERENCIA: Viacava Francisco, Ugá Maria Alicia Domínguez, Porto Silvia, Laguardia Josué, Moreira Rodrigo da Silva. Avaliação de Desempenho de Sistemas de Saúde: um modelo de análise. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2012 ; 17(4): 921-934. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000400014&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000400014.
13. Estimativas da cobertura de mamografia segundo inquéritos de saúde no Brasil
RESUMO: OBJETIVO: Inquéritos populacionais constituem ferramenta fundamental para monitorar a cobertura de mamografia e os fatores associados à sua realização. Em inquéritos baseados na população residente em domicílios com telefone as estimativas tendem a ser superestimadas. O estudo teve por objetivo estimar a cobertura de mamografia com base em pesquisas de base populacional. MÉTODOS: A partir das coberturas por mamografia em mulheres de 50 a 69 anos, com e sem telefone fixo, observadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, calcularam-se as razões entre elas e o respectivo coeficiente de variação. A razão de cobertura foi multiplicada pela cobertura estimada pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), permitindo estimar a cobertura entre mulheres sem telefone em 2007. Essas estimativas foram aplicadas à população de mulheres, com e sem telefone, obtidas a partir da PNAD 2006, obtendo-se assim as estimativas finais para as capitais. RESULTADOS: Em 2007, para o conjunto das capitais, estimou-se a cobertura de mamografia em aproximadamente 70%, variando de 41,2% em Porto Velho (RO) a 82,2% em Florianópolis (SC). Em 17 municípios a cobertura foi maior que 60%; em oito, de 50%-60%; e em dois, a cobertura foi inferior a 50%. Em termos absolutos, a diferença entre as coberturas do VIGITEL e as estimadas foi de 6,5% para o conjunto dos municípios, variando de 3,4% em São Paulo (SP) a 24,2% em João Pessoa (PB). CONCLUSÕES: As diferenças nas magnitudes das estimativas da cobertura de mamografia por inquéritos populacionais são em grande parte reflexo dos desenhos dos estudos. No caso específico da mamografia, seria mais apropriado estimar sua cobertura combinando dados do VIGITEL com aqueles de outros inquéritos, que incluam informações sobre mulheres com e sem telefone fixo, especialmente em municípios de baixa cobertura de telefonia fixa.
Palavras chave: Mamografia; estatística & dados numéricos; Levantamentos Epidemiológicos; Brasil; Entrevista por telefone
ANO: 2009
REFERENCIA: Viacava Francisco, Souza-Junior Paulo Roberto Borges de, Moreira Rodrigo da Silva. Estimativas da cobertura de mamografia segundo inquéritos de saúde no Brasil. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2009 Nov; 43(Suppl 2): 117-125. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102009000900015&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000900015.
14. Desigualdades geográficas e sociais no acesso aos serviços de saúde no Brasil: 1998 e 2003
RESUMO: Este estudo objetivou avaliar o padrão das desigualdades geográficas e sociais no acesso aos serviços de saúde em 2003 e compará-lo com o padrão existente em 1998, usando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A população estudada foi de crianças e adultos residentes em áreas urbanas que referiram restrição de atividades nos últimos 15 dias nas duas pesquisas. A variável dependente foi o uso de serviços de saúde nos 15 dias que antecederam a entrevista. Os modelos de uso de serviços de saúde testados foram controlados por idade e sexo, e incluíram renda familiar per capita, escolaridade, grande região e alguns estados da federação. O estudo reafirmou o padrão de que no Brasil o acesso é fortemente influenciado pela condição social das pessoas e pelo local onde residem. Este padrão existe tanto para os adultos como para as crianças. Houve alguma diminuição das desigualdades sociais no acesso, mas as desigualdades geográficas no acesso aumentaram no período de estudo. Na região Sul, uma das mais desenvolvidas do país, persiste um padrão de forte desigualdade social e o estado do Rio Grande do Sul destaca-se pela magnitude das desigualdades sociais no acesso. A amostra da PNAD apresenta limitações para estudos de equidade na utilização de serviços de saúde no âmbito estadual
Palavras chave: Equidade; Acesso; Utilização; Serviços de saúde; PNAD
ANO: 2006
REFERENCIA: Travassos Claudia, Oliveira Evangelina X. G. de, Viacava Francisco. Desigualdades geográficas e sociais no acesso aos serviços de saúde no Brasil: 1998 e 2003. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2006; 11(4): 975-986. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232006000400019&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232006000400019.
15. Uma metodologia de avaliação do desempenho do sistema de saúde brasileiro
RESUMO: Este artigo é uma síntese de alguns dos principais resultados das discussões realizadas ao longo de 18 meses entre pesquisadores de diversas instituições, afiliadas à Abrasco, e procura contribuir para a formulação de uma metodologia que permita: a) compreender quais são e como se inter-relacionam os fatores que influenciam a eficiência, a efetividade e a eqüidade no desempenho do SUS; b) melhorar a formulação de políticas e c) monitorar as desigualdades no acesso e na qualidade dos serviços recebidos pelos diferentes grupos sociais no Brasil. A metodologia desenvolvida nutre-se de elementos utilizados nas propostas de avaliação de desempenho dos sistemas de saúde canadense, australiano, inglês e a da OPS e tem o formato de um painel de controle (dashboard), onde podem ser visualizadas simultaneamente diferentes dimensões da avaliação. O artigo descreve a experiência na adaptação e desenvolvimento da metodologia e fornece sugestões no sentido de aplicá-la para melhorar a formulação da política de saúde no Brasil.
Palavras chave: Avaliação do desempenho de sistemas de saúde; Indicadores de saúde; Serviços de saúde
ANO: 2004
REFERENCIA: Viacava Francisco, Almeida Célia, Caetano Rosângela, Fausto Márcia, Macinko James, Martins Mônica et al. Uma metodologia de avaliação do desempenho do sistema de saúde brasileiro. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2004; 9(3): 711-724. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232004000300021&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232004000300021.
16. Considerations on methodology used in the World Health Organization 2000 Report (Considerações Metodológicas sobre o Relatório 2000 da Organização Mundial de Saúde)
RESUMO: O artigo discute o Relatório da Organização Mundial de Saúde para 2000, com ênfase na análise metodológica dos indicadores utilizados para comparar e classificar o desempenho dos sistemas de saúde dos 191 países membros. O Relatório contribui ao colocar na agenda o compromisso de monitorar o desempenho dos sistemas de saúde dos países membros porém, a forma inconsistente de sua elaboração e a utilização de metodologias de avaliação questionáveis cientificamente, impõem uma criteriosa revisão metodológica. Os principais problemas destacados são a escolha de indicadores individuais de desigualdade em saúde que desconsideram o perfil populacional; o controle inadequado do impacto das desigualdades sociais sobre o desempenho dos sistemas; a avaliação da responsabilidade dos sistemas, apenas parcialmente articulada aos direitos dos cidadãos; a ausência de dados para um grande número de países levando a diversas estimativas pouco consistentes; a falta de transparência nos procedimentos metodológicos para o cálculo de alguns dos indicadores. O artigo sugere uma ampla revisão de caráter metodológico do Relatório.
Palavras chave: Relatórios Anuais; Organização Mundial da Saúde; Sistema de Saúde; Métodos de Avaliação
ANO: 2001
REFERENCIA: Ugá Alicia Domingues, Almeida Célia Maria de, Szwarcwald Célia Landmann, Travassos Cláudia, Viacava Francisco, Ribeiro José Mendes et al . Considerations on methodology used in the World Health Organization 2000 Report. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2001 June [cited 2017 Mar 14] ; 17(3): 705-712. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000300025&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2001000300025.
17. Consideraciones Sobre el Informe de la OMS - 2000 (Considerações sobre o Relatório da OMS - 2000)
RESUMO: En este texto se discute el Informe de la Organización Mundial de la Salud para 2000 y se analiza la metodología utilizada para comparar y clasificar el desempeño de los sistemas de salud de los 191 países miembros. Las principales conclusiones están referidas a la utilización de metodologías de evaluación científicamente cuestionables; a la implementación de indicadores que no evalúan el desempeño de los sistemas de salud sino que expresan las desigualdades socioeconómicas existentes; a la ausencia de datos en la mayoría de los países para el cálculo de los indicadores y a la falta de transparencia en los procedimientos adoptados para el cálculo de algunos indicadores.
Palavras chave: OMS; evaluación; sistemas de salud; informe
ANO: 2001
REFERENCIA: Ugá Alicia, Almeida Célia M, Szwarcwald Célia Landmann, Travassos Claudia, Viacava Francisco, Mendes Ribeiro José et al. Consideraciones Sobre el Informe de la OMS - 2000. Rev. salud pública [Internet]. 2001; 3(1): 1-12. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0124-00642001000100001&lng=en.